domingo, fevereiro 27, 2011

Morre hoje Moacyr Scliar o ícone da Literatuta Gaúcha e Brasileira


Moacyr Jaime Scliar nasceu em Porto Alegre (RS), no Bom Fim, bairro que até hoje reúne a comunidade judaica, a 23 de março de 1937, filho de José e Sara Scliar. Sua mãe, professora primária, foi quem o alfabetizou. Cursou, a partir de 1943, a Escola de Educação e Cultura, daquela cidade, conhecida como Colégio Iídiche. Transferiu-se, em 1948, para o Colégio Rosário, uma escola católica.

Em 1955, passou a cursar a faculdade de medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre (RS), onde se formou em 1962. Em 1963, inicia sua vida como médico, fazendo residência em clínica médica. Trabalhou junto ao Serviço de Assistência Médica Domiciliar e de Urgência (SAMDU), daquela capital.

Publica seu primeiro livro, “Histórias de um Médico em Formação”, em 1962. A partir daí, não parou mais. São mais de 67 livros abrangendo o romance, a crônica, o conto, a literatura infantil, o ensaio, pelos quais recebeu inúmeros prêmios literários. Sua obra é marcada pelo flerte com o imaginário fantástico e pela investigação da tradição judaico-cristã. Algumas delas foram  publicadas na Inglaterra, Rússia, República Tcheca, Eslováquia, Suécia, Noruega, França, Alemanha, Israel, Estados Unidos, Holanda e Espanha e em Portugal, entre outros países.

Em 1965, casa-se com Judith Vivien Oliven.

Em 1968, publica o livro de contos "O Carnaval dos Animais", que o autor considera de fato sua primeira obra.

Especializa-se no campo da saúde pública como médico sanitarista. Inicia os trabalhos nessa área em 1969.

Em 1970, freqüenta curso de pós-graduação em medicina em Israel, sendo aprovado. Posteriormente, torna-se doutor em Ciências pela Escola Nacional de Saúde Pública.

Seu filho, Roberto, nasce em 1979.

A convite, torna-se professor visitante na Brown University (Departament of Portuguese and Brazilian Studies), em 1993, e na Universidade do Texas, em Austin.

Colabora com diversos dos principais meios de comunicação da mídia impressa (Folha de São Paulo e Zero Hora). Alguns de seus textos foram adaptados para o cinema, teatro e tevê.

Nos anos de 1993 e 1997, vai aos EUA como professor visitante no Departamento de Estudos Portugueses e Brasileiros da Brown University.

Em 31 de julho de 2003 foi eleito, por 35 dos 36 acadêmicos com direito a voto, para a Academia Brasileira de Letras, na cadeira nº 31, ocupada até março de 2003 por Geraldo França de Lima. Tomou posse em 22 de outubro daquele ano, sendo recebido pelo poeta gaúcho Carlos Nejar.


"Acredito, sim, em inspiração, não como uma coisa que vem de fora, que "baixa" no escritor, mas simplesmente como o resultado de uma peculiar introspecção que permite ao escritor acessar histórias que já se encontram em embrião no seu próprio inconsciente e que costumam aparecer sob outras formas — o sonho, por exemplo. Mas só inspiração não é suficiente".

Moacyr Scliar

Viva o presente!!!


Saudade são águas passadas que se acumulam em nossos corações, inundam nossos pensamentos, transbordam por nossos olhos, deslizam em gotículas de lembranças que por fim, morrem na realidade de nossos lábios.
Sentir saudade faz bem, significa que algo ou alguém teve uma certa importância em nossas vidas, mas infelizmente, muitas dessas "coisas" devem ficar somente guardadas na memória, pois jamais serão revividas...
Eu tenho muita saudade, de muitas coisas, de muitos momentos, alguns com certeza terei a possibilidade de reviver, outros nem pensar!!!!
Pois faz parte do meu passado...lugares, coisas, pessoas!
E como diz o velho ditado popular "quem vive de passado é museu"...
Por isso, vivo o presente e dele tiro o maior proveito, porque um dia ele também fará parte do meu passado, e só restará saudade....

Saudade!!!

Fernando Pessoa
"Um dia a maioria de nós irá se separar. Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, as descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que compartilhamos.

Saudades até dos momentos de lágrima, da angústia, das vésperas de finais de semana, de finais de ano, enfim... do companheirismo vivido.

Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre. Hoje não tenho mais tanta certeza disso. Em breve cada um vai pra seu lado, seja pelo destino, ou por algum desentendimento, segue a sua vida, talvez continuemos a nos encontrar quem sabe...

Podemos nos telefonar, conversar algumas bobagens... Aí os dias vão passar, meses... anos... até este contato tornar-se cada vez mais raro.

Vamos nos perder no tempo... Um dia nossos filhos verão aquelas fotografias e perguntarão?
Quem são aquelas pessoas? Diremos... Que eram nossos amigos. E... isso vai doer tanto! Foram meus amigos, foi com eles que vivi os melhores anos de minha vida!

A saudade vai apertar bem dentro do peito. Vai dar uma vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente... Quando o nosso grupo estiver incompleto.. . nos reuniremos para um ultimo adeus de um amigo. E entre lágrima nos abraçaremos.

Faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante. Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vidinha isolada do passado.

E nos perderemos no tempo... Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades seja a causa de grandes tempestades. ..

Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!"

Meus Filhos, Meus Amores!!!


          Um dia, eu os embalei,  no peito amamentei!…
      Carreguei-os como quem carrega tesouros, daqueles de valor inestimável…
Foram dias, desde o nascimento,  que vivi a felicidade extrema; o amor não cabia em mim,
minha vida se transformara, fora preenchida por choros e riso que me faziam deslumbrada…
Certooooooo!!!!!!!!!!!!!
      Às vezes, perdia a paciência,  mas quem não perde com dois “anjinhos?”,
      Com pouca diferença de idade,  que só paravam quando dormiam?…
      Uma palmada aqui, um sermão ali, (coisas de se poder contar nos dedos de uma só mão, mas aconteceu…).




                    O que a mãe queria é que fossem gente, muito gente tentei a vocês, meus filhos, repassar o que eu tinha aprendido com meus pais, eu acreditava ser o correto; assim é a vida, uma geração e outra e mais outra e vamos aprendendo uns com os outros…
      Hoje, quando eu os vejo, não sei como, mas com um amor ainda maior, sinto orgulho.
      Vocês, meus amores, são o que eu desejei e muito mais, cada um com sua própria personalidade, se tornaram gente, gente grande, gente humana, gente que sonha e faz para que o sonho aconteça; o que, para uma mãe, é sempre motivo para chorar e rir ao mesmo tempo…
      Não que esteja louca, é que os medos eram grandes e, agora, ver que tudo deu certo e, olhem, que foram frações das frações de segundo, a pensar, a orar, a querer ardentemente o sucesso para cada um de vocês; e, quando percebo que é assim,  fico aqui sem saber o que dizer; então, para que não perca meu rumo e que venha a me sentir “dispensável”, faço de conta que o tempo não passou, que, ainda, são meus bebês, e, assim, continuarei, pela vida a fora, embalando, acarinhando aqueles que são a pura razão do meu viver; sem esforços para esconder que sou mesmo mãe-coruja, aquela que se deu pelo amor maior, o amor de mãe e continuará até o dia em que Deus o permitir; ser, com paixão, a mãe de Franciele e Junior…minhas gracinhas, meus filhotinhos, meus amores…
      E, assim, é!…
      Tudo o que quero ser!…
      O que preciso para ser feliz…
      Mãe dos meu pequenos-grandes,
      maravilhosos filhos…
      Para meus filhos, anjos que Deus me deu, para que eu pudesse sentir esse amor extremo e, através desse amor, olhar o mundo com mais carinho e humanidade…
      Obrigada, Franci!…
      Obrigada, Mano!…
      Sem vocês, a mãe não teria razão para estar aqui…
      Um beijo grande…

Experiências!!!!

A experiência é uma coisa muito interessante. É servindo-nos dela que aprendemos grande parte daquilo que sabemos; por ela orientamos, muitas vezes, os nossos passos; com ela evitamos a repetição de dissabores e procuramos aquilo que já sabemos ser bom. A experiência poderia servir para que a nossa vida fosse muito mais previsível e controlável, mais cómoda e segura, livre de problemas. Uma chatice, enfim... Felizmente, a natureza possui aspectos desconcertantes que têm o condão de permitir que, apesar de existir a experiência, a nossa vida seja em cada um dos seus momentos uma aventura louca e sem destino previsivel. Um deles é que a experiência que adquirimos numa fase da nossa vida não nos serve de nada quando chegamos à fase seguinte. Apesar da experiência que vamos adquirindo, chegamos, a cada uma das nossas épocas, inexperientes e inseguros como da primeira vez. A vida, na sua magnífica diversidade, vai-nos oferecendo constantemente novas situações, para as quais nunca estamos verdadeiramente preparados. Algumas são duras: um fracasso grande, uma doença que veio para ficar, a morte de alguém que nos faz falta... Estas limitações da experiência forçam-nos a crescer continuamente; mantêm-nos tensos, esforçados. Permitem-nos ter constantemente objectivos diferentes. Dão colorido à nossa vida. É assim que nos podemos manter de algum modo jovens em qualquer idade. Quem programou este jogo da vida fê-lo de forma a que ele tivesse sempre interesse. Subimos de nível, saltamos do material para o espiritual, varia o grau de dificuldade, mudam os adversários e o ambiente - como nos jogos electrónicos... Não somos poupados a sofrimentos, mas é-nos dada a possibilidade de reagir e continuar a avançar. Se temos saudade do que ficou atrás, também nos é permitido sonhar com o que está adiante. Se conservamos o sabor de derrotas que tivemos, também planeamos a vitória que se segue. No jogo da vida, as derrotas deixam marcas, as feridas fazem mesmo doer, muitas vezes não recuperamos aquilo que perdemos. Estamos ancorados à realidade e, por isso, para nos divertirmos, para nos sentirmos como aventureiros no meio de tudo isto, temos necessidade de coragem. E de não calarmos aquilo que dentro de nós nos chama a um sonho, clama por aventura, pede para fazermos com a vida qualquer coisa que seja grande. Poderíamos dar ouvidos ao medíocre que quer instalar-se em nós. E evitar, por medo e preguiça, as dificuldades, as complicações, o sonho. "Mas "evitar o perigo não é, a longo prazo, tão seguro quanto expor-se ao perigo. A vida é uma aventura ousada ou, então, não é nada". "